Crítica de Me Chame Pelo Seu Nome
- Diego Cosac
- 18 de jun. de 2018
- 2 min de leitura
Aqui segue minha crítica à esse delicioso sucesso Me Chame Pelo Seu Nome! Eliot e Oliver, Olvier e Eliot, porquê muitas vezes quando estamos amando, nos confundimos com a pessoa amada e parece que tudo vira uma coisa só? Um pertence ao outro e os dois se misturam? Me Chame Pelo Seu Nome faz os espectadores sentirem isso como poucas outras películas que eu já tenha visto! Um chama o outro pelo seu próprio nome... É belo, um filme delicado sobre o mais delicado sentimento de todos: o amor! Saí do filme com a mesma sensação de quando deixei a sala de cinema ao assistirO Segredo De Brockback Mountain, de que o mundo bem ou mal está evoluindo e andando para frente pois o amor em suas mais diferentes formas parece, aos passos miúdos, estar sendo admirado pela humanidade cada vez mais ao passo que um filme como esse entre no mainstream, no circuito e tenha sido eleito para ganhar prêmios da academia como de melhor ator para Timothée Chalamet. Trata-se de um profundo amor vivido por um garoto de 17 anos e um rapaz adulto que quebra barreiras sem exaltações. O bacana é que não é um filme que levanta bandeiras como O Segredo de Brockback Mountain também não foi, é apenas uma estória de amor que por acaso acontece entre dois seres do mesmo sexo. Adaptado da literatura, os diálogos são cultos como a família de intelectuais no filme em questão. A arte é sublinhada diversas vezes como a natureza e não seria a natureza a própria arte de Deus? No fundo são a mesma coisa. A natureza humana na sua mais visceral forma também é um destaque. Tudo se passa no verão do charmoso interior da Itália, cenário sempre bem-vindo para uma narrativa romântica, uma antiga villa me fez lembrar da residência de minha prima na Toscana. O filme me soou familiar. No tempo certo dos filmes de arte não hollywoodianos onde não se tem um compromisso com a ação e com a plasticidade, é deliciosamente naturalista com momentos onde a câmera desfoca nitidamente e moscas parecem fazer parte da mise en scéne. A entrega dos atores e o fato de ser rodado inteiramente em locações ajuda a ressaltar tal ambientação. É um filme para se degustar lentamente como o próprio tempo não abreviado do filme se apresenta. É altamente recomendado!

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