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Em cartaz: crítica do filme "Casa Gucci"

  • Foto do escritor: diegocosaco
    diegocosaco
  • 28 de nov. de 2021
  • 2 min de leitura

Por Diego Cosac

Uma saga familiar, baseada em fatos reais, envolta em poder, grana, glamour e morte, assim pode ser descrito “Casa Gucci”, nova produção do aclamado diretor Ridley Scott, dos mais versáteis de sua geração, projeto que Scott tentava emplacar desde os anos 2000. O longa narra o início do relacionamento entre Maurizio Gucci e Patrizia Reggiani ainda nos anos 70 e avança para nos revelar momentos tensos, além do luxo em torno da família Gucci, com seu famoso império de moda que viraria também a grande maldição dos Gucci. O casal se casaria para desgosto do pai de Maurizio, Rodolfo Gucci - lindamente interpretado por Jeremy Irons (por sinal chiquérrimo)- já que o patriarca não achava a moça a altura de seu herdeiro e conseguiu, de certa forma, prever o trágico desfecho do divórcio conturbado de seu filho com Patrizia culminando em um terrível assassinato encomendado no melhor estilo “máfia siciliana”. O elenco é estelar, além de Irons, temos Al Pacino, Lady Gaga, Jared Leto, Adam Driver e Salma Hayek, todos muito bem em suas performances. Pacino faz o outro irmão Gucci e sócio na famosa maison italiana, Aldo Gucci. Ele seria o verdadeiro responsável por transformar a grife familiar em um colosso global da moda que hoje está avaliado em 60 bilhões de dólares. Vemos o auge, o declínio e o renascimento do império de moda que hoje não pertence mais a nenhum membro da família Gucci. Gostei como discretamente notamos personagens lendários da moda da época como Gianni Versace, Karl Lagerfeld e Tom Ford. As caracterizações são bem feitas. Jared Leto está irreconhecível como Paolo Gucci, o membro trapalhão e passional do clã. Al Pacino demonstra vigor em certas cenas reafirmando seu lugar entre os maiores mitos do cinema de todos os tempos. Mas o destaque vai mesmo é pra Lady Gaga que surpreende com uma atuação visceral e convincente. Achei da maior importância Gaga ter recebido o convite para atuar nesse papel pois é o seu primeiro personagem de destaque no cinema “apenas” como atriz sem cantar também. Demonstra que sua carreira como atriz está decolando independente da cantora talentosa que Gaga de fato é ao contarem com Gaga para um elenco tão portentoso, sem ela cantar, atuando de forma correta como uma boa atriz e “somente” atriz. Afinal ela não é uma atriz que canta, mas uma cantora que atua. Algo que Madonna tentou fazer a vida inteira com bem menos sucesso. “Casa Gucci” está longe de ser uma obra prima do cinema mas é um filme relevante ao passo que nos revela uma trama de fato intrigante e que muita gente desconhecia. Tem um valor histórico! Recomendado!

 
 
 

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