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No Netflix: crítica de Halston

  • Foto do escritor: diegocosaco
    diegocosaco
  • 24 de mai. de 2021
  • 2 min de leitura

Por Diego Cosac

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O novo hit da Netflix “Halston” vem ganhando admiradores ao contar a saga de um nome associado ao excesso e sucesso, talvez pouco conhecido do grande público de hoje, mas que mudou a moda americana definitivamente, imprimindo em suas criações estilo e personalidade fortes como o estilista era como pessoa também em sua vida privada. Glamour, grana, sucesso, sexo e muita droga... assim foi a trajetória meteórica do estilista e também sua queda vertiginosa ambas causadas pelo estilo de vida extravagante, escandaloso e hedonista. Halston foi considerado um dos maiores gênios criadores da história da moda erguendo um império com inúmeros produtos com seu nome, de perfumes à oculos. Elegante e classudo, levou aos pincaros a ideia de ser reconhecido e famoso como um grande astro (que de fato se tornou) tendo seu auge na década de 70. Toda mulher de classe tinha ao menos um Halston em seu closet e ele se tornou o queridinho da alta sociedade nova-iorquina. Temperamental, encrenqueiro, arrogante, esnobe... são adjetivos impossíveis de não acompanhar Halston. Mas também genial, brilhante, criativo, intenso e espontâneo. Me lembrou nosso Clodovil com quem convivi anos. ]

Os desfiles bafonicos e as lindíssimas peças que Halston produziu o levaram à um determinado Olimpo da moda. A série é abrangente e mostra sua intensa amizade com Liza Minelli e outra figuras tão pitorescas como ele mesmo.

Mas aborda seus conturbados amores e o sexo casual e promíscuo feito em becos em guetos de Nova Iorque. Pontos clandestinos de prostituição masculina onde Halston buscava prazer sem compromisso. Da badalação no Studio 54, até hoje a boate mais famosa do mundo, às orgias e o excessivo uso de cocaína arrastaram Halston para o fundo do poço. De desfiles ao lado de Givenchy, Calvin Klein, Saint Laurent e Oscar de La Renta, onde a intenção era mostrar a qualidade da alta-costura americana pro mundo (negócio dominado pelos franceses e italianos), o fashion designer se viu depois fazendo coleções banais para uma loja de departamentos barata.

Contraiu HIV e veio a falecer em 1990.

Destaque vai para o (excelente) ator britânico Ewan Mc Gregor que faz o papel título, sua interpretação é louvável mostrando o jeito afetado e as vezes histérico de Halston. Krysta Rodriguez está perfeita também como Liza Minelli. Da caracterização aos trejeitos e a dança claro. Os figurinos obviamente são um show por si só. Fotografia belíssima. Gosto como o diretor em algumas cenas causa tensão e aflição, marcando bem frisado em alto e bom som, por exemplo, o barulho do cigarro sendo tragado. E para mim o maior mérito da série é justamente sua duração com apenas 5 capítulos, sem “encher linguiça” e se estender sem necessidade. É fluida, dinâmica e certeira. Podendo ser vista inteiramente em uma tarde. Altamente recomendado!

 
 
 

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