Em cartaz: Crítica de Buscando
- Diego Cosac
- 8 de out. de 2018
- 2 min de leitura
Um filme de um principiante, o roteirista e diretor Aneesh Chaganty, Buscando ousa e acerta trazendo uma estrutura visual diferente e inovadora ao contar sua narrativa toda sob o prisma da tela de um computador. Algo perigoso pois poderia caminhar para o esgotamento. Mas não é o que ocorre! É claro que o longa Amizade Desfeita já havia nos trazido esta proposta, mas Buscando faz tudo com mais brilhantismo e clareza. É o que se chama de screen life, que vira uma tendência já que outra produção no mesmo estilo de nome Profile já está a caminho. Tais produções nos mostram que nos dias de hoje, diferentes mídias como o cinema e a internet cada vez mais caminham juntas, nestes filmes estando uma intrinsecamente ligada a outra. Através do computador é que vemos o pai de família David Kim (John Cho) lutar para encontrar sua filha desaparecida Margot após o trauma da morte de sua esposa vitimada por um câncer. Bem recebido pelo público no Festival de Sundance 2018, o longa de suspense começa lento mas seu roteiro é bem construído e repleto de reviravoltas intrigantes que prendem o espectador até o clímax de fato surpreendente. O uso de zooms é um recurso válido utilizado para direcionar a atenção do público para certos detalhes. E o diretor explora bem essa linguagem. A entrega do elenco é outro ponto forte, com destaque para Debra Messing que interpreta a detetive Vick, e que o público conhece do seriado Will & Grace, mostrando versatilidade em destaque em um papel dramático. Em um trabalho hercúleo, a Sony Pictures do Brasil traduziu tudo que aparece na tela do computador para o português, vide links, sites, e-mails, redes sociais, mensagens, textos e conversas facilitando muito a compreensão do longa para o público brasileiro. Altamente recomendado!
























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