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Em Cartaz: Crítica de O Cemitério Maldito

  • Diego Cosac
  • 15 de mai. de 2019
  • 2 min de leitura


O Cemitério Maldito é um remake do filme dos anos 80, porém não empolga como o original. Baseado na obra literária do mestre do terror Stephen King que narra a chegada de uma família ao interior, indo morar em um casarão localizado em um grande terreno que possui um cemitério de animais onde os cidadãos do vilarejo enterram seus bichos de estimação com o adendo de que de acordo com uma arcaica lenda indígena o que é enterrado na parte remota e escondida do cemitério retorna a vida - porém diferente do que eram antes - e para pior, muito pior. O problema do longa não está na sua fonte, toda obra de King continua extraordinária mesmo depois de décadas fazendo dele um dos maiores best sellers do mundo com muito louvor. Seu universo funesto e fantástico permanece original cheio de personagens marcantes como o macabro palhaço Pennywise de It - A Coisa que também mereceu um remake recente, no caso, bem sucedido pela direção de Andy Muschietti puxar o longa mais para um lado cômico explorando com graça o universo infantojuvenil da trama. Uma sequência será lançada em breve. Outras adaptações como Jogo Perigoso e Castle Rock trouxe a tona a brilhante obra de King para o mundo da sétima arte nos últimos anos. Portanto não há nada de errado com a estória e com o fato dela ter sido escrita há mais de trinta anos, muito pelo contrário, a história continua empolgante. As falhas do filme são outras. Para começar com as atuações já que os únicos atores do filme que parecem vingar são os gatos que viveram o bichano da família Church. A melhor performance é dos felinos. O ator Jason Clarke que interpreta o patriarca da família não consegue acompanhar as viradas no roteiro deixando seu personagem Dr.Louis a deriva na trama, a garotinha Jeté Laurence, também não imprime terror em sua atuação levando o filme à um fracasso retumbante. Outros problemas são de ordem mais técnicas como a direção de arte fraca com cenários pobres para uma produção deste porte, a abordagem sem sal da direção em momentos cruciais de horror e falhas no roteiro que deixa pontas não explicadas como o paciente do protagonista Dr. Louis que morre atropelado e passa a trama toda aparecendo (como uma espécie de zumbi) para assombrar o personagem. No fim seu papel e relevância na narrativa se perde e não há justificativas para suas aparições. O único ponto a favor nesta produção é a sub trama da irmã falecida da mãe da família Rachel (Amy Seimetz) com sequências bizarras dela contorcida que geram algum estranhamento e terror. Uma pena este remake ser tão morno pois o potencial da obra é grande, no entanto de fato mal explorado.

 
 
 

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