top of page

Em cartaz: Crítica de A Freira

  • Diego Cosac
  • 16 de set. de 2018
  • 2 min de leitura


Nessa produção há tudo que um bom filme de terror deve ter, está tudo ali. O que explica muito do sucesso da franquia Invocação do Mal (The Conjuring Universe) do qual A Freira faz parte, fazendo dela a mais bem-sucedida do gênero nos últimos anos no mundo. O diretor James Wan, o mesmo de Jogos Mortais e Sobrenatural, se consagrou definitivamente com tais filmes trazendo o gênero terror novamente para os holofotes agradando e muito a Warner Bros que lucrou milhões de dólares com esses acertos de público e crítica. Neste filme, que se passa antes de todos os outros, quando uma freira se suicida em uma longínqua abadia na Romênia, um padre e uma noviça são enviados pelo Vaticano para averiguar os fatos. Logo eles percebem estar lidando com forças malignas bastante poderosas e segue a estória. Uma placa em uma porta escrito "Deus Acaba Aqui" mostra para o espectador o que o espera nas próximas horas de filme. Os sustos são garantidos e essa é a principal pegada do filme que não é um filme de fato amedrontador, mas sim de grandes sustos (porém é importante ressaltar que não são sustos gratuitos como em Annabelle 1 e 2, outros filmes derivados dessa franquia). A plateia pula nas cadeiras dos cinemas a cada cena. O filme é eficiente. É de fato louvável se embrenhar em uma narrativa de possessão demoníaca devido ao fato desse sub- gênero já ter sido feito e refeito a exaustão, é um tema batido. Nesse ponto o filme peca pelo roteiro óbvio de Gary Dauberman, de Annabelle 1 e 2, sem nenhuma grande novidade. A fórmula é repetida, repleta de jumpscares, como um grande clichê, tal qual acontece nos outros filmes da mesma franquia. A direção de Corin Hardy também não ajuda muito. Após ter acertado em cheio em A Maldição da Floresta, sua direção nesta produção parece se perder conforme a narrativa avança. O filme vem em um crescente, as cenas de desfecho do clímax são demasiadamente exageradas e isso para mim é um ponto a menos. Mesmo assim este é, de longe, o filme mais bem cuidado da franquia, a belíssima fotografia com paisagens lindas e a sofisticada direção de arte dão um show, com tomadas aéreas do convento medieval dando ideia de espaço e amplitude. Essa ambientação nos remete aos filmes de horror clássicos. O desenho de som também é bem elaborado, mostrando o quanto o som é importante para o clima de suspense em determinadas cenas. Há um bom timing de terror com bastantes sustos e o que eu chamo de “respiros” (quando a narrativa dá um tempo para a plateia se recompor de um susto para outro criando um equilíbrio). Cruzes invertidas, rádios que ligam sozinhos, vozes sussurrando, pombos que voam... Esses recursos ajudam a apavorar o público e criar o clima sombrio perfeito de absoluto pavor para o filme. O elenco ajuda muito com atuações brilhantes, especialmente de Taissa Farmiga. O filme é muito divertido porém decepcionante para aqueles que esperarem O Capítulo Mais Tenebroso do Universo Invocação do Mal, como o filme foi vendido. É altamente recomendado!

 
 
 

Opmerkingen


  • Facebook
  • Twitter
  • LinkedIn

©2018 by Cine Panorama. Proudly created with Wix.com

bottom of page