Em Cartaz: Crítica de Pinocchio
- diegocosaco
- 8 de fev. de 2021
- 2 min de leitura
Por Diego Cosac

Uma versão mais madura e sombria do clássico infantil Pinocchio, imortalizado em cartoon pelos estúdios Disney, em live action dessa vez, está em cartaz nesse momento nos cinemas, assisti após praticamente um ano sem entrar em uma sala de cinema devido a pandemia e portanto foi um marcante e solene momento. Pinocchio conta a aventura de um boneco de madeira que ganha vida e tem o objetivo de se tornar um menino de verdade, humano e de carne e osso. Muito criativa, a produção é caprichada nos revelando lugares belíssimos de uma Itália fictícia. Nesse longa de fantasia se adentra o reino da magia chegando ser o filme quase surreal - com criaturas imaginárias encantadoras. É de fato uma fábula, um conto de fadas. Fiel em muitos momentos ao original da literatura “As Aventuras de Pinóquio”, do escritor Carlo Collodi, tem algumas alterações e novidades nos transportando para um mundo encantado. Animais com feições humanas, uma fada, um simpático atum falante, crianças que viram burros... e muito mais. O momento mais marcante é certamente o que Pinocchio começa a mentir e seu nariz cresce, pois esta cena já esta no imaginário coletivo mundial e há uma instantânea conexão com a infância. Nessa produção italiana os efeitos especiais, mesclando maquiagem de primeira com computação gráfica, são bem elaborados e críveis, não deixando nada a dever à Hollywood e a fotografia é um espetáculo a parte tendo a paleta de cores puxada para o azul e o verde. Deslumbrante. No papel de Gepetto, pai, escultor e criador de Pinocchio, está Roberto Benigni, um nome conhecido do cinema italiano contemporâneo que já ganhou um Oscar por “A Vida e Bela” derrotando o nosso brazuca “Central do Brasil” de Walther Moreira Salles. O prêmio foi entregue por ninguém mais ou menos que Sophia Loren. Ao mesmo tempo o filme pode causar certas estranhezas e algum desconforto muitas vezes puxando para o bizarro com uma certa influência dos filmes de Guilhermo Del Toro como "O Labirinto do Fauno" por exemplo. A cena em que Pinocchio e seu amigo se transformam em burrinhos beira o terror não sendo um filme exatamente infantil como sugere o título portanto e como foi a produção da Disney. Acredito que seja um filme juvenil. Um dos filmes mais esperados do ano de 2019, Pinocchio, foi o filme de abertura da 13ª Festa do Cinema Italiano, e estreou no festival de Berlim com críticas positivas inclusive ao diretor Matteo Garrone considerado um grande destaque no novo cinema italiano. Altamente recomendado!
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