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Em Cartaz: Crítica de Rocketman

  • Diego Cosac
  • 4 de jun. de 2019
  • 2 min de leitura

O legado de Elton John na música é de fato gigantesco e inquestionável tendo sido ele um expoente da cena glam rock londrina expandindo sua influência na cultura pop mundial. Sua cine biografia trás a tona a carreira de muito sucesso, bem como a conturbada vida pessoal do astro cheia de altos e baixos. É interessante observar que a narrativa é contada a partir de um grupo de apoio para dependentes químicos em uma clínica de reabilitação, começando na infância difícil, onde o pequeno Reginald Dwight (nome de batismo de Elton John), cresce sem o amor do pai e a incompreensão da mãe, mostrando uma família disfuncional e um lar pouco acolhedor. Sendo esse um fantasma que perseguiria o brilhante cantor, compositor e pianista até a fase adultícea. O diretor Dexter Fletcher, o mesmo de Bohemian Rapshody que fez barulho contando a vida de outra lenda do rock Freddie Mercury, opta por uma atmosfera menos realística e mais lúdica para esse longa. Elton John e a platéia flutuam em uma apresentação e o astro se vê criança no fundo de uma piscina ao tentar o suicídio. O filme é cheio de metáforas e exageros, inclusive inerentes ao estilo extravagante do biografado, tendo um ar mais fantástico que Bohemian Rapshody. Também Rocketman vai mais a fundo mostrando a trajetória de Elton John da infância ao estrelato abordando questões polêmicas como a homossexualidade, solidão e o abuso de álcool e drogas, detalhes em comum importantes que parecem ter sido amenizados no filme sobre Freddie Mercury. Optar por fazer o filme como um musical foi uma saída interessante também resolvendo certas questões de roteiro e o longa apresenta 21 músicas do astro que se tornou um dos maiores hit makers da indústria fonográfica. Um dos grandes méritos desse longa é biografar uma lenda viva, ao contrário do que ocorreu com Freddie Mercury, sem buscar aprovação do próprio Elton John sendo uma grande responsabilidade. Muito embora o artista tenha aprovado e aplaudido de pé o longa na exibição oficial que ocorreu no Festival de Cannes há algumas semanas. Elton John inclusive elogiou a bela atuação de Taron Egerton que o interpreta dizendo: "Não achei que fosse Taron, achei que fosse eu". E realmente a caracterização é bastante eficiente fazendo o ator ficar mesmo parecido com o astro. Elton John também vem causando rebuliço ao criticar a Rússia por censurar certas cenas mais picantes do filme. Vamos ver o desempenho de Rocketman já que Bohemian Rhapsody arrecadou mais de US$ 900 milhões nas bilheterias globais e ganhou quatro Oscars, entre outros prêmios. Uma pena terem optado por deixar certos pontos importantes da vida do astro de fora da biografia como o memorável momento em que ele ganhou um importante título da monarquia britânica se tornando Sir Elton John. Um longa sobre David Bowie vem por aí. E o diretor Dexter Fletcher disse que gostaria de filmar agora a vida da diva do pop Madonna. Acho um longa sobre Michael Jackson também necessário pois a vida do Rei do Pop é de fato muito rica, extravagante, polêmica e interessante em diversos sentidos sendo ele o mais emblemático ícone pop de todos estes citados. Fica a dica!

 
 
 

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