Coringa, e outros palhaços do mal no cinema, tem origem real!

Existem poucas coisas mais assustadoras do que palhaços, a voz deles forçada, o cabelo protuberante geralmente vermelho, os sapatos enormes... apavora mais do que faz rir, principalmente crianças, público alvo. Coulrofobia - medo de palhaços, virou uma doença. Foi a partir de John Wayne Gacy que a onda de palhaços do mal surgiu em Hollywood como Corina, do "Batman" e Pennywise do filme "IT - A Coisa", filme televisivo cujo roteiro foi baseado nos escritos do mestre do terror Stephen King e que se tornou um clássico do gênero. Gacy foi um dos mais famosos assassinos em série da criminologia americana. Cruel e sanguinário, se vestia de palhaço. Membro respeitado da comunidade, advogado bem sucedido e filantropo, Gacy escondeu por muito tempo sua verdadeira face sombria e macabra. Foi a partir do mau cheiro vindo de sua casa que descobriu-se dezenas de ossadas e restos mortais de jovens rapazes que Gacy escondeu debaixo do assoalho de madeira. Atraindo-os e depois os matando violentamente, com requintes de crueldade, esquartejando suas vítimas. Um palhaço nada legal! Um traço comum nesse tipo de crime é o fator sexual. Esses crimes geralmente são envoltos num teor sexual altíssimo. Gacy era homossexual e matar era uma forma de aplacar a própria dor que sentia por sua condição muito pouco aceita, principalmente naquela época. Como se ele tivesse eliminando a sua própria sexualidade e seus desejos mais íntimos, considerados pelo próprio como impuros. Muitos serial killers eram de fato gays e pedófilos. O maníaco do Trianon, famoso assassino em série de São Paulo, Ed Gein (serial killer que inspirou grandes vilões do cinema como Buffalo Bill de "Silêncio dos Inocentes, Leatherface de "O Massacre da Serra Elétrica" e Norman Bates de "Psicose"), Francisco das Chagas (do caso dos meninos emasculados)... Estudo a mente de psicopatas há muito tempo pois tenho alguns roteiros baseados nesse tema, inclusive meu último filme "Lay" filmado em 2019. Meu contato com Dr. Guido Palomba, maior psiquiatra forense do Brasil que traça o perfil desses criminosos, enriqueceu muito o meu entendimento e a minha compreensão dessas figuras tão bizarras mas ao mesmo tempo tão fascinantes!